2008-05-15

Fly Away

E foi assim que acordei hoje de manhã: rádio a ultrapassar os decibéis desejáveis, os olhos a custar a abrir, a música a latejar na cabeça, e a enorme preguiça de me levantar da cama, descer as escadas e desligar aquele barulho malvado que me tirou do belo do sono de 4 horas...

A música que estava a dar (Fly Away do Lenny K), uma relíquia dos velhos tempos, pois já la vão 10 anos, e 10 anos é antiquado para as gerações de hoje, pôs-me a pensar nas futuras perspectivas de vida, de emprego.
Existe a oportunidade de voar deste Porto para aquela lisboa (com "l" pequeno pois é a cidade maldita para as pessoas do Norte que teimam em ir lá parar), e digo voar pois a 220km/H, não deslizamos, mas voamos sobre os carris. E se por um lado já disse inúmeras vezes que queria desaparecer, só agora reflicto ("reflito" se fosse sobre o novo acordo ortográfico, ou muito simplesmente o Brasileiro adoptado em Portugal) sobre o que fica para trás. E não é só a família, mas os amigos, as amigas, as saídas, os passeios, o computador... Sim, o computador. E com o computador ficam as edições de vídeo, que, já com projectos em vista e sendo esta uma das minhas paixões, torna-se algo difícil de deixar para trás.

Com certeza que novas oportunidades surgirão e se ficar aonde penso ficar, o Premier é algo que não vai faltar, embora a matéria prima para este possa escassear. Mas são as possíveis oportunidades deixadas para trás, que sem saber bem o que são e o que poderiam ou não ser, me incomodam profundamente.
E no entanto, este tiro no escuro já foi dado... Lanternas, procuram-se!

Sem comentários: