2006-01-21

A vida é cheia de escolhas…

...escolhas boas ou más, perseguem-nos pela vida fora influenciando as nossas decisões, abrindo novos horizontes, fechando velhas portas. Uma escolha, um conjunto de factores que analisamos emocionalmente, mentindo a nós próprios dizendo que estamos a tomar a atitude certa, ou iludindo-nos na fantasia de estarmos a ser lógicos e racionais.

As escolhas que tomamos afectam os outros, por vezes mais do que pensamos, mas apesar de existirem variados níveis de ponderação, a dificuldade de escolhermos prende-se com um simples facto: irá ou não afectar a minha vida?
Quando realmente afecta, a nossa mente transforma-se num emaranhado de pensamentos, emoções e ideias que desafiam a lógica… um novelo de lã em que tentamos encontrar o centro sem o desenrolar… quando por vezes tudo não passa de uma balança pendente para um sim ou para um não. Apenas temos que escolher. Depois de escolhermos, há que tomar uma decisão. Ou seguimos a nossa escolha, ou não seguimos, e encontramo-nos outra vez perante outra escolha… uma sala com duas portas em que temos de escolher pela qual sair. Duas austeras portas… por mais que espreitemos pela fechadura só podemos especular sobre o que está do outro lado e isso, é a nossa incapacidade de tomarmos as escolhas correctas.

Olho para trás. Penso, reflicto, navego pela memória do passado... fiz escolhas correctas, mas infelizmente, no tempo errado. Podem dizer que este pensamento é uma ilusão, mas perante este mundo pergunto-me, se as escolhas que fizemos, também não se basearam em ilusões…

Escolhi bem, mas tarde demais… iludo-me? não sei…

2006-01-10

Há dias bons e há dias maus...

...há dias em que não queremos sair da cama e há dias em que não queremos ficar nela. Há dias que correm bem e outros que correm mal. É um equilíbrio natural que se mantém durante toda a vida. Mas também há dias em que estamos na cama e não deveríamos de estar e quando deveríamos, não estamos. Dias em que tudo corre ao contrário... tudo nos incomoda mas, verdadeiramente, nada nos afecta. Implicamos com as coisas simples sem consciência, que do outro lado, está alguém que magoamos.

Discutimos, ama-mos, sofremos, procuramos... motivados por razões sem razão, lançamo-nos na busca de algo que nem nós próprios sabemos, nem nós próprios sentimos. Tudo isto num dia ao contrário de todos os outros. Num dia sem sentido aparente para a vida. Um dia, que por ser diferente, perdemos o controlo.
Mas até um saco do avesso é nos útil e sendo assim, um dia diferente, em que tudo parece correr mal, tudo parece bater certo no fim. Alguém que nos apoia, que nos ajuda quando mais precisamos.
Mas a consciência continua pesada, presa ao passado como uma lagrima presa por quem não a quer deixar sair. Pior que errar é ter consciência de que magoamos alguém... por isso e por outros momentos do passado peço o meu perdão...

Afinal, a vida é como correr ao lado de relva verde com o som do mar e o por do sol... queixamo-nos que já não temos forças para continuar, mas vemos a beleza, agarramo-nos aos pensamentos, encontramos força para dar mais uns passos a um ritmo cada vez maior. Cansamo-nos, é inevitável... o que nos distingue, é que enquanto alguns desistem da corrida, outros procuram no fundo da alma algo que os faça continuar a correr...

Hoje corri. Quando me senti ofegante, pensei em ti... continuei a correr...

2006-01-03

...com três pontinhos se começa, com três pontinhos se acaba...

...e assim começa mais um Blog na net.

Desprovido de ideias e ideais. Sem divulgação ou publicidade. Sem nada por onde se pegar, sem ninguém para o ler. Apenas palavras que no final não resultam em mais do que centenas de bits e bytes que vagueiam pelo espaço, perdidos num servidor distante que ninguém conhece ou jamais viu.
Palavras... sozinhas nada significam. São apenas pequenos símbolos impressos num teclado pressionado freneticamente por quem deseja escrever depressa. Sem qualquer sentido a não ser o que nós lhes damos. Pois uma palavra sozinha no universo nada significa. Nem mesmo as que estão carregadas de imenso poder e sentimentalismo. Sozinhas, não passam de pequenos e ínfimos rabiscos, e no entanto podem criar mundos e destruir nações. Podem criar laços ou destruir o amor. Podem criar muros ou ultrapassar fronteiras.
As palavras, por si só, nada fazem, tal como a nossa vida, sozinhos, nada significa. Tal como este blog... desprovido de ideias e ideais, perdido num mundo de uns e zeros.

Com três pontinhos começamos, com três pontinhos acabamos... a nossa existência, não passa de uma palavra num imenso texto...