E é com esta frase que respondo sempre que perguntam como estou... mas apesar do seu sentido, a cada dia que passa vai perdendo o brilho. O brilho que outrora correspondia ao sentimento perde-se na imensidão do presente...
A verdade é que vou vivendo numa contradição. Estou cansado sem fazer nada. Estou triste apesar de quase tudo correr bem. Não sinto vontade de escrever e no entanto, as palavras vão surgindo... mas devagar.
A minha mente tem vagueado pelo passado. A cada objecto, a cada imagem, a cada olhar um turbilhão de recordações assombram o pensamento. “Arrependo-me” – A palavra que mais surge no meio de tudo. Comecei a tocar piano aos 6 anos, mas acabei por desistir. Desisti porque não tinha tempo. O mesmo tempo que desperdiçamos ao fazer coisas inúteis... o mesmo tempo que deitamos fora a fazer nada. Hoje arrependo-me, tal como arrependo-me de tantas outras coisas que se pudesse voltar atrás alterava! Não posso, e muito provavelmente não faria nada.
Estou a perder parte da minha vida, parte da minha história... mas por mais que tente mentalizar-me que a vida continua, quero voltar atrás... quero viver momentos que não sejam apenas memórias como outros que o são agora. Acho que isso tem-me despertado para o que deixei para trás, para tudo o que não fiz com a desculpa de não ter tempo. Tenho todo o tempo do mundo...
Ainda posso estar contigo, mas já sinto a tua falta...
1 comentário:
Cá estou a ler...prometi.
E.
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